... quando o sol se põe, quando céu nubla, quando a dor começa, quando ninguém aparece...quando só resta você ... o desespero vem, como o corvo de Poe, tornando mais dramática a sensação fria da solidão. Os sons começam a incomodar, até o bater das folhas embaladas pelo vento, assusta. O trepidar das janelas acompanha o coração acelerado... Um cenário sombrio cria-se dentro de mim, às vezes. Não há flores, não há colorido, não há músicas, não há nada...a não ser um coração batendo de medo, medo da solidão!!!
Ela é implacável...
Quando encontro-me assim, nesse estado intenso...ponho-me a escrever. Até alguns dias, em cadernos, folhas soltas, em bilhetes...agora, aqui. Num universo virtual, em que real e imaginário se fundem, eu escrevo, mais um lugar para viver meus densos pensamentos.
Quando escrevo: penso. Leio, releio. Volto. Paro. Sinto. Apago...e continuo. Quando escrevo, meu mundo interno se acalma, se organiza...Quando escrevo... encontro-me, sinto-me.
Nessa hora, lembro de Alice caindo no país das maravilhas. É assim que me sinto, caindo dentro de mim, mergulhando nas minhas emoções, nas minhas mentiras e verdades. Mergulho num mundo que, apesar de conhecido, há momentos que não sei onde estou, pois há caminhos ainda não percorridos.
Escreve me ensina .. .. .. aprendo um pouco mais de mim.
Aí... o sol nasce, o céu fica azul...tal qual o céu lindo da Grécia...a dor dá lugar a esperança e meu mundo se enche, ainda que não de pessoas, de palavras que afagam meu coração e minimizam a solidão.
Ecrever me ensina .. .. .. aprendo muito de mim mesma.
2 comentários:
Nossa que texto lindo ... bom vindo de você tinha que sair lindo ... beijos moça linda ...
Nossa, que legal. Posso dizer que me sinto assim também em determinados momentos, e escrever é o meio que uso para aliviar.
São momentos semelhantes que deram luz à algumas das grandes obras que temos na nossa literatura.
É uma pena que sejam gigantes que nasceram da tristeza.
Postar um comentário