sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Ser mulher...




É viver mil vezes em apenas uma vida.
É lutar por causas perdidas e sempre sair vencedora.
É estar antes do ontem e depois do amanhã.
É desconhecer a palavra recompensa apesar dos seus atos.
É caminhar na dúvida cheia de certezas.
É correr atrás das nuvens num dia de sol.
É alcançar o sol num dia de chuva.
É chorar de alegria e muitas vezes sorrir com tristeza.
É acreditar quando ninguém mais acredita.
É cancelar sonhos em prol de terceiros.
É esperar quando ninguém mais espera.

Ser mulher...
É identificar um sorriso triste e uma lágrima falsa.
É ser enganada, e sempre dar mais uma chance.
É cair no fundo do poço, e emergir sem ajuda.
É estar em mil lugares de uma só vez.
É fazer mil papeis ao mesmo tempo.
É ser forte e fingir que é frágil... Pra ter um carinho.
É se perder em palavras e depois perceber que se encontrou nelas.
É distribuir emoções que nem sempre são captadas.
É comprar, emprestar, alugar, vender sentimentos, mas jamais dever.
É construir castelos na areia, pelas águas.
E ainda assim amá-los.

Ser mulher...
É entender as fases da lua
por ter suas próprias fases

Borboletas


"Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande.
As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela.
Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.
As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.
Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida.
Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você.
O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas, você vai achar
não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você! "

Mário Quintana

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Escrever




... quando o sol se põe, quando céu nubla, quando a dor começa, quando ninguém aparece...quando só resta você ... o desespero vem, como o corvo de Poe, tornando mais dramática a sensação fria da solidão. Os sons começam a incomodar, até o bater das folhas embaladas pelo vento, assusta. O trepidar das janelas acompanha o coração acelerado... Um cenário sombrio cria-se dentro de mim, às vezes. Não há flores, não há colorido, não há músicas, não há nada...a não ser um coração batendo de medo, medo da solidão!!!
Ela é implacável...
Quando encontro-me assim, nesse estado intenso...ponho-me a escrever. Até alguns dias, em cadernos, folhas soltas, em bilhetes...agora, aqui. Num universo virtual, em que real e imaginário se fundem, eu escrevo, mais um lugar para viver meus densos pensamentos.
Quando escrevo: penso. Leio, releio. Volto. Paro. Sinto. Apago...e continuo. Quando escrevo, meu mundo interno se acalma, se organiza...Quando escrevo... encontro-me, sinto-me.
Nessa hora, lembro de Alice caindo no país das maravilhas. É assim que me sinto, caindo dentro de mim, mergulhando nas minhas emoções, nas minhas mentiras e verdades. Mergulho num mundo que, apesar de conhecido, há momentos que não sei onde estou, pois há caminhos ainda não percorridos.
Escreve me ensina .. .. .. aprendo um pouco mais de mim.
Aí... o sol nasce, o céu fica azul...tal qual o céu lindo da Grécia...a dor dá lugar a esperança e meu mundo se enche, ainda que não de pessoas, de palavras que afagam meu coração e minimizam a solidão.

Ecrever me ensina .. .. .. aprendo muito de mim mesma.


"Quero apenas cinco coisas
Primeiro é o amor sem fim;
A segunda é ver o outono;
A terceira é o grave inverno;
Em quarto lugar o verão.
A quinta coisa são teus olhos,
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser, sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando."

Pablo Neruda